quinta-feira, 20 de maio de 2010

O Persona escreveu...


O QUE É ESCREVER EM UM BLOG? SEI LÁ.

Sou um recém nascido em escrever. Agora começo a entender o que é um blog. Veja bem, começo, não sei porra nenhuma ainda. Sempre achei escrever uma atividade suprema. Só pessoas como Dostoiévski tinham o direito de exercer essa supremacia. Quando soube que Kafka só tinha 500 palavras no vocabulário, aí ficou quase impossível pensar em escrever. Não sabia nem o que pensar. Não sei se to sendo claro. Mas o que quero dizer é que descobri que qualquer pessoa tem o direito de escrever. O que, e quando quiser. Isso pode parecer bobagem, mas pra mim foi definitivo. Não para escrever, mas para entender o que é, escrever. Ruy Guerra, disse em uma aula, que para começar a escrever, teríamos que escrever duas horas por dia durante dez anos. Aí sim, poderíamos começar. Bom mas, aí estamos falando de escrever para os outros. Para a Humanidade. Ah isso é muito né? Percebi que no blog posso escrever a merda que for, que não tem a menor importância. Tudo passa a ser vômito de palavras escritas. E isso é catártico. Sem compromissos. Sem julgamentos. Aí veio o , pooorraaa nenhuma. Umas pessoas começaram a fazer disso possibilidades, capitalizações. É, nem tudo é perfeito. Mas pelo menos, pra mim, hoje, ou seja, por enquanto, é uma forma de expressão. É isso que me interessa.

Sobre direitos autorais, eu escrevi um lamento. É assim que chamo meus gemidos no blog. Com o título “PRO CARALHO OS DIREITOS AUTORAIS”. Queria me explicar. Claro que um autor tem direito a seu livro, disco, filme e tudo mais. É que tem momentos que pessoas abusam desses direitos. E estrangulam o crescimento. Sei que é necessário regular tudo isso. Mas sei também que tem pessoas que se aproveitam da regulamentação pra fuder a situação. Eu não vivo de escrever, mas vivo de interpretar as palavras alheias, e nunca desrespeite os direitos de nenhum autor, pelo contrário, sempre fui seus defensores. Não só no direito autoral, recolhido da bilheteria, como no respeito na passagem da palavra escrita para o palco. Acho que livro, música, quadro e toda a arte de criação individual é passivo de uma regulamentação justa. Agora um filme, uma peça de teatro, dizer que é de um só, ou dois, é uma blasfêmia. Foi nessa prepotência que eu ataquei. Mas teve uma outra coisa também. Uma pessoa querida, escreveu algo maravilhoso sobre uma história minha, e eu adorei. Pedi a ela que publicasse no meu blog. Ela ficou puta, e não permitiu. Achou que eu queria roubar a escrita dela, e disse que existiam regras pros blogueiros. Caralho, eu queria fazer uma homenagem. Já escrevi coisas de filósofos, teatrólogos e romancistas, não como minhas, mas como deles. Eu queria fazer um carinho e tomei uma porrada. Sai jogando merda no ventilador. Depois eu ponderei, e acho que as pessoas têm esse direito. É que vindo de quem veio. Me doeu. Mas foi bobeira minha. O legal do blog é que a bobeira tá lá. E lá vai ficar. É isso que me interessa no blog, é feito pra gente vomitar. E vômito não é alimento, mas as vezes sai melhor que MC Donald. Pelo menos pra mim. Por enquanto não pertenço a nenhum sindicato de blogueiros. Então foda-se...

Beto Bellini

Ele escreve em seu blog: betobellini.blogspot.com

Meu comentário:

Não pertenço ao sindicato e não pertencerei, abaixo a tudo que nos limita de crescer, e na arte de escrever, o limite não existe, só existe a Terra, o Céu, o Inferno e o espaço e estamos todos inclusos nesses quatro elementos, além da Lua, do Sol e das estrelas...

Pedro Ivo Pires


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