terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Ela e Eu...


Mais um pequeno trecho de O DEMÔNIO DIGITAL.

Para ler a primeira parte apenas clique aqui!

O rapaz, era uma pessoa tranquila, alguém com vinte e dois anos que parecia e se comportava como alguém que tinha vinte e dois anos. Estava ali, em uma boate na Barra Funda, cujo nome ele não se lembrava, apenas sabia que ele ali, não era ele mesmo.

Sentia o corpo adormecido de tanto que havia bebido, sentia o corpo adormecido de tanta droga. Mas que tipo de amigos eram esses que se encontrava? Que tipos de pessoas lhe dariam algo que o fizesse passar mal do jeito que passava? Passar mal seria um jeito coloquial de se dizer, ele estava bem consigo mesmo naquela hora. O “mal” seria culpa de sua própria mente e também do ácido no qual havia ingerido. E todo esse sentimento ruim, era culpa dela, Ana.

Ana Lúcia, vinte e cinco anos, assistente de um assessor muito conhecido na megalópole que é São Paulo. Pele branca, cabelo curto e negro, um metro e sessenta e sete centímetros de altura e quarenta e nove quilos. Viciada em cocaína, fumava maconha para socializar e ingeria LSD para como dizia ela própria “viajar”.

Aquele que se encontrava com Ana também estava “viajando”, ela havia lhe dado uma dose de LSD havia alguns minutos e tudo estava piscando e bonito, o mundo inteiro lhe parecia a galáxia e suas estrelas, tudo era belo e perfeito. No centro desse galáxia, o Sol lhe vinha em forma de curvas de um corpo feminino, o corpo “dela”. De todas as coisas mais lindas do universo ela era a mais, seu batom vermelho e lábios que chamavam seu nome, parecia a própria Vênus saindo de um quadro, ele não estava em estado de pensar e mais um beijo deu em sua Afrodite.

E a deusa do amor o beijou, e foi algo lindo no qual nem o paraíso, o Olimpo, ou o Valhalla poderia impedir, o próprio deus deixaria de ser o criador para sentir o que aquela pessoa de vinte e dois anos sentia. Ele beijava os lábios que apenas a mão de Freya podia ter feito, era uma Apsaras do amor em seus braços, o som que tocava, lhe entrava aos ouvidos como os instrumentos dos nove anjos de Deus, mal lhe parecia o Indie britânico que era tocado pela DJ.

Após mais alguns cigarros e doses de álcool, ele estava de volta a sua casa, e Ana? Ana estava lá com sua calcinha roxa e seus seios perfeitos de fora, se encontrava mais linda do que nunca, apoiada em uma mesa da sala, de quatro e usando o nariz para fins ilícitos. O protagonista dela se aproximou e iniciou a atividade que terminaria a noite dos dois.

Um comentário:

  1. Medo desta noite...a barra ficou muito pesada. Mas gosto quando vc questiona o amigo que lhe oferece algo para vc se sentir mal, mesmo que essa seja apenas uma possibilidade, quem é esse "amigo", quem são essas pessoas? Cuidado porque a megalópole pode te engolir. Te amo.

    ResponderExcluir